Está entrando no ar o blog da disciplina de Psicologia Social II do professor Marcio Acselrad. Fiquem a vontade, a casa é vossa. Postem, comentem, sugiram links, retweettem, etc. Nosso objetivo é discutir questões relacionadas ao homem em sociedade e à psicologia social em todas as suas possiveis dimensões, alem de mostrar que o estudo pode e deve ser lúdico, interativo, divertido. Sejam bem vindos.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
banho
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Questões
Vieram tantas
Busquei respostas
Fechei-me
Pensei no fim
Logo veio o recomeço
Pensei em parar
Tornei a caminhar
Gosto de questões, elas trazem vida, movem-nos.
Carrego tantas na minha vida que até acho que algumas me definem.
A existencial é uma delas.
As respostas mudam. As questões me transformam.
Cresço, evoluo, mas as questões primordiais permanecem. Quando muito são acompanhadas de outras, mesmo aquelas que ainda não identificamos.
Comentou-se sobre os excessos como traços do individualismo moderno. Uma busca pelo desempenho como uma maneira de aplacar e expulsar a angústia.
Isso me lembrou a correria do dia-a-dia. Lembrei-me da cobrança que nos fazem pelo ótimo, por este excesso que é o ótimo. Aí corremos. “Corremos pra pegar um lugar no futuro.” E a velocidade exige atenção e esta, faz-nos não pensar.
“não-não-posso-parar-se-paro-eu-penso-se-penso-eu-choro”
Conviver com algumas questões é por vezes angustiante, por outro lado nos ensina que não temos controle sobre a vida, que ela guarda seus mistérios e que por trás do véu outros véus devem aparecer.
Conviver com questões, dúvidas e suas angústias não parece algo que seja ensinado num mundo das pílulas da felicidade, ou da felicidade em pílulas. Respostas prontas. É isso que recebemos. É isso que procuramos. Talvez já seja isso que desejamos.
O que ficou desta disciplina foram novas formas de ver questões antigas, novas questões e muitos,muitos pensares. Uns que nos surpreendem, outros que nos fazem chorar. Enfim, por algum instantes, podíamos parar....pensar...
sábado, 3 de dezembro de 2011
Terça feira
Gostaria de confirmar o convite para um encerramento da disciplina aberto a quem quiser na piscina dia 6 pela manhã. Espero voces lá. Traje de banho.
Abraços a todos
Marcio
Comamos
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Social 2
Algumas perguntas
Mas hoje nada disso me satisfaz tanto quanto antes, pois percebi que, o que me faz feliz é estar reunida com minha família no final de semana no sítio do vovô, conversando besteiras, saindo um pouco da formalidade do dia-a-dia, ter o que ocupar a mente como meus estudos e meu trabalho, dar um super abraço no papai e na mamãe, é poder sair à noite para se encontrar com bons e velhos amigos, tomar um sorvete, escutar uma boa música, ler um livro que me agrada, ir ao cinema, é ter um amigo que leve você para passear, ver o mar, ver o pôr do sol e sentir a área da praia nos pés, sentir a maresia, andar de patins à beira-mar, ir a missa, andar de bicicleta, praticar um esporte, e principalmente ver sorrisos todos os dias, isso sim é felicidade pra mim.
como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.. Com o tempo a
repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar,
confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.
O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia..
Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A
indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é
feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder
vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de
doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.
Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.
Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o
fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de
mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia
negativa que se transforma em doença.
Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que
está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando
toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.
Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com
muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.
Se não quiser adoecer - "Aceite-se"
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos
algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os
que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos,
destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é
sabedoria, bom senso e terapia.
Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria
liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não
há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em
Deus.
Se não quiser adoecer - "Não viva SEMPRE triste!"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida
longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.
"O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.
Questões...
Um dos textos que eu escolhi foi o texto 15 – Diários íntimos na internet e a crise da interioridade psicológica, e na minha visão achei possível uma conversa desse texto com o texto 13 – A felicidade paradoxal.
Porque?
No texto 13 o autor fala que nas culturas antigas os homens esperavam que os cultos dionisíacos os libertassem de sua pesada individualidade, e o que acontece hoje?
Não sei se entendi bem, mas o que as pessoas hoje em dia estão fazendo? Colocando suas “almas em comunhão”? Não tenho certeza, na verdade, se o termo "almas" é apropriado, mas..
No dia da aula do texto 15 a equipe falou sobre os costumes antigos, que eu não me lembro muito bem, mas falaram que antigamente em datas especiais, sei lá, algumas pessoas iam ao castelo do rei para simplesmente assistir suas refeições, por exemplo, ou assistir ao parto de sua mulher... e todo mundo achou isso bem estranho, não?
Pois é, mas o que é se faz hoje? Como é possível nesse ano de 2012 ter a 12° edição do BBB? Sem contar outros Reality Shows? Se estão no ar há tanto tempo é porque tem audiência.
Estamos sentados no sofá da sala vendo várias pessoas que não conhecemos comendo, dormindo, conversando, não fazendo simplesmente nada... Torcemos por alguma delas e gastamos o nosso dinheiro fazendo ligações para votar em quem fica e quem sai... isso não é totalmente estranho?
Hoje as coisas estão ao avesso, há tanta liberdade, tanta autonomia que simplesmente não se sabe o que fazer com ela, e na maioria das vezes se faz exatamente isso: nada.
Nos dias de hoje parece não haver ninguém preso em sua “pesada individualidade”
“Cada vez mais, a mídia reconhece e explora o forte apelo implícito no fato de que aquilo que se diz e se mostra é um testemunho vivencial: a ancoragem na “vida real” torna-se irresistível, mesmo que tal vida seja absolutamente banal – ou melhor – ESPECIALMENTE SE ELA FOR BANAL.” (Diários íntimos na internet e a crise da interioridade psicológica)
O espaço privado surgiu mais ou menos entre os séculos XVIII e XIX, e houve realmente uma separação daquilo que podia ser mostrado ao público e o que ficava destinado a viver no espaço privado, na intimidade... e foi nessa época, nesses espaços íntimos que o sujeito passa a pesar na sua vida interior, o espaço intimo era um espaço de introspecção, e as pessoas passaram a escrever uma espécie de texto de auto-reflexão... e hoje como explica-se as novas modalidades de diários íntimos expostos a milhões de olhos?
Acho que tem a ver com os paradoxos citados no texto 14 – Futuro da autonomia e sociedade de indivíduo, nós nos dizemos tão auto-suficientes, somos tidos como egoístas, só pensamos em nós e... Precisamos mostrar ao mundo quem somos nós e, pior, queremos ver o outro também... Espiar? Seguir? Curtir? Não sei se seria exagero achar que possa ter a ver com psicopatologias, de exibicionismo narcísico e de voyeurismos...
Mas na verdade eu tive dificuldade de realizar essa tarefa proposta pelo Márcio, de fazer perguntas e respondê-las, porque eu não tenho as respostas das perguntas que faço, minhas perguntas são perguntas, são dúvidas, são inquietações..
Mas como eu disso no começo, eu tentei fazer um resumo, dizendo o que eu penso, não sei se eu consegui ser clara, mas enfim...
Eu só espero, que vocês, assim como eu tenham saído dessa cadeira com muito mais perguntas do que respostas, porque são as perguntas que nos movem, e, agora eu entendi porque o Márcio nunca respondia prontamente quando nós lhe fazíamos uma pergunta, ele sempre jogava a pergunta de volta...
E como eu já disse no meu ultimo post, essa disciplina, me ajudou muito, me inquietando, me fazendo questionar sobre mim e sobre o mundo, de certa forma, acho que ela me fez crescer,
O modelo de aula, as rodas de conversa, o blog, até mesmo as aulas no jardim que eu odiava, cheio de formiga, sol, a grama pinicando... hoje eu entendi que valeu a pena, o sair do confortável também é importante, a mudança de paradigmas... enfim, vai deixar saudades!
Monaliza Leite