quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Psicologia Social: muito além das cestas básicas

Final de semestre é sempre terrível. Não importa o quanto se prepare, mas é sempre uma correria. E eu estava fazendo a avaliação de uma outra disciplina e pensei em algumas coisas sobre isso. Como fazer para amenizar a correria de final de semestre? Sei que, pra mim, tem sido ainda pior, por que a cada ano sou promovido no(s) trabalho(s) e a ganância pela independência financeira e terminar a faculdade logo não me permitem fazer “poucas” cadeiras. Assim, sempre acabo fazendo 8 ou 9. O problema é que não sou mais somente um “estudante profissional”. Trabalho mais 8h por dia. E preciso equilibrar isso. Definir prioridades. Poder participar de congressos, seminários, escrever artigos, pesquisar, etc, enfim, ser um melhor estudante. Sei que sou inteligente e que, ao ler os textos, assimilo rápido e fácil, mas faculdade não é só isso. Assim, Márcio, peço desculpas por não ter participado como deveria, muitas vezes lendo o texto depois que este era discutido em sala, por exemplo.
            Mas saio da disciplina com um novo modelo de professor (de verdade, você sabe quebrar paradigmas...sempre bom esse estranhamento que você nos propões constantemente!) e com uma visão de Psicologia Social que não é voltada só para o “social” (lê-se projetos comunitários, ONGs, etc. Eu tinha essa visão, não sei por que. Achava que tinha a ver com ação social, sei lá!), mas para o ser humano enquanto conjunto, meio que como a sociologia. Desde os textos, as falas, filmes e dicas de filmes, as aulas na grama (sério mesmo, gostei!), próprio blog...enfim, era muito bom poder quebrar a rotina dentro da rotina. Assim, obrigado! E, pra citar um dos meus filmes prediletos, “Yo no soy yo. Por lo menos yo ya no soy el mismo en mi interior”. (Diários de Motocicleta)

"Querido diário..." - (uma das questões)

- Cada vez mais, as pessoas tem estado dispostas a expor suas vidas, seja em reality shows, fotos em revistas de fofoca e na internet, através de blogs, microblogs ou redes sociais, para não citar outros. Como explicar o curioso fato de que as novas modalidades de diários “íntimos” sejam expostas aos milhões de olhos na Internet?
            “Querido diário...”. Essa expressão, já tão famosa, que era o início de tantos segredos, que já foi a causa de tantas disputas entre os sexos, objeto de desejo de garotos em busca de decifrar a muler amada...mas hoje, simplesmente não faz mais sentido. Ao menos, não como o fazia antigamente. Da conversa íntima, particular, extremamente pessoal, com o paciente caderninho. Hoje, qualquer pessoa pode publicar o que quiser, podendo ser visto instaneamente por centenas de outros. E não há mais a necessidade ou a preocupação de se esconder. Na verdade, quanto mais “seguidores”, quanto mais visualizações, melhor. Os limites do que pode ser mostrado ou dito foram sismicamente alargados! Podemos ser quem quisermos. E transformar a nossa vida comum em algo espetacular, compartilhada por milhões de outros. Não devemos nos preocupar, existem muitos, muitos outros na “banalidade quotidiana”. E, assim, continuamos a fazer os nossos posts e recebendo comentários, tendo mais seguidores, e seguindo...”e assim caminha a humanidade”.
            Mas, na verdade, as novas formas de construção e consumo de identidades nos levam à uma posição de espectadores do eu diante de performances, sempre buscando o reconhecimento nos olhos e comentários dos outros, desejando cada vez mais ser visto e “curtido”. Assim, esses diários “íntimos” atuais são, na verdade, cartas abertas, doidas para serem lidas. Não tem mais porque falar  com o “querido diário”, é melhor viver alguma coisa, tirar uma foto na hora com seu smatphone, postar na rede e esperar os comentários. A calma e paciência do “querido diário” ficam ultrapassadas diante do que se tem hoje. E essas tendências de exposição da intimidade, multiplicando-se cada vez mais, vão ao encontro e satisfazem a vontade geral do público: bisbilhotar e ser bisbilhotado. Consumir vidas alheias.E ser consumido. 

psicologia social II

Esta disciplina tinha uma pretensão. Qual era ela? Voce acredita que tenha sido alcançada? Por que?

Em primeira instancia achei que o objetivo da disciplina era simples e objetivo como tantas outras, estudar sobre as contribuições da psicologia social de um modo mais aprofundado e mais concreto da disciplina de social I, que é bem mais teórica, sabia que iria acrescentar muito para a minha carreira profissional. Porem, no decorrer do semestre, percebi que não era só essa a pretensão da disciplina, tenho certeza que cresci não só como uma futura psicóloga, mais também como pessoa, aprendi a não ter vergonha de expor a minha opinião e de falar o que eu penso, por mais que possa parecer a maior bobagem. Aprendi a questionar, a sempre ter aquela ‘puguinha atrás da orelha’ me perturbando e não ficar satisfeita com qualquer coisa, sempre ir além e pesquisar, ser curiosa, assim tenho certeza que vou ter ótimos resultados. Tenho que agradecer ao professor Marcio por todos esses ensinamentos, tenho certeza que foi muito valida e de alguma forma edificante para todos os alunos que tiveram a oportunidade de estar presente de corpo e alma na sala de aula.

O que são as representações sociais? Quais são os três níveis de De Rosa expõe para analise das RS?

As representações sociais são teorias sobre saberes populares e do senso comum, com a finalidade de construir e interpretar o real. Levam os indivíduos a produzir comportamentos e interações com o meio, ações que modificam os dois.

De Rosa diferencia as representações sociais nos seguintes níveis:

1- Fenomenológico – traz a RS como um objeto de investigação, são elementos da realidade social, são modos de conhecimento, saberes do senso comum surgem na intervenção cotidiana e tem como objetivo compreender a realidade social.

2- Teórico – conjunto de definições conceituais e metodológicas, generalizações e proposições referentes as RS.

3- Meteórico – nível de discussões sobre a teoria. São feitos debates e refutações críticas com respeito aos postulados e pressupostos da teoria.

Segundo Lipovetsky,vivemos hoje um desmantelamento dos antigos freios da autonomia individual. Saímos da primeira era, da autonomia moderna, e o individualismo limitado deu lugar a um individualismo completo, total ou hipermoderno. O que significa esse individualismo hipermoderno?

O individualismo hipermoderno significa o enfraquecimento das regulações coletivas desestruturação dos dispositivos da socialização tradicional e, por essa razão, emancipação dos indivíduos em relação as autoridades e as imposições do coletivo a que se pertence.

Como se deu o nascimento da intimidade?

A esfera da privacidade ganhou consistência na Europa dos séculos XVII e XIX, quando começou ser criado um certo espaço de ‘refugio’ para o individuo e a família, desejando um território a salvo das exigências e dos perigos do meio publico que começava a adquirir um tom cada vez mais ameaçante. Surgiu a necessidade, a sensação e a valorização de um certo espaço ‘intimo’, a aparição de um mundo interno do indivíduos, do eu, da família,que as pessoas começaram a considerar o lar com um contexto adequado para acolher essa vida interior que começava a florescer.


LARICE BARBOSA

1. Como Serge Moscovici conceitua representações sociais porque elas foram criadas e quais seus dois processos de representações sociais? (texto12).

São teorias sobre saberes populares e do senso comum, elaboradas e partilhadas coletivamente com a finalidade de criar um censo comum a todos favorecendo a comunicação entre as pessoas e por ser dinâmica leva o individuo a produzir comportamentos e interagir com o meio. Elas foram criadas para tornar o familiar não familiar pois tendemos a rejeitar o estranho, diferente ou seja tendemos a negar novas informações que trazem desconforto para o nosso bem-estar.

Seus processos que chamamos de objetivação: É o processo onde procuramos tornar o concreto visível “ou seja” procuramos aliar o conceito a uma imagem e a ancoragem: É o processo onde procuramos encontrar um lugar para encaixar o não familiar e onde podemos classificar pessoas, coisas situando Algo dentro de uma categoria e que pode ser encaixado em uma dimensão valorativa.

2. Segundo Gilles Lipovetsky, defina a felicidade na modernidade? (texto13).

A felicidade, para o autor está muito associada ao bem-estar. A sociedade moderna antes de qualquer coisa associa bem-estar ao conforto, por mais que as pessoas estejam sempre sem tempo procuram comprar algo novo, sempre procuram arrumar a casa do seu jeito para tornar o ambiente mais agradável e para se obter esse bem-estar consome-se mais, por isso consumir virou sinônimo de felicidade. E a felicidade também se identifica com os progressos da lei,da justiça e alongar a duração da vida com qualidade.

3. Para Lipovetsky porque o individualismo, o consumo e o capitalismo obedecem ao mesmo processo? (texto14).

Podemos ver que são esferas que funcionam de forma desregular. O homem hipermoderno funciona com certa coerência e homogeneidade em esferas diferentes onde o consumidor hipermoderno se torna mais variável e imprevisível. Com a modernidade as classes sócias estão consumindo mais, independente a que classe elas pertencem com isso á diferença que era comum entre essas classes hoje não existe mais como por ex: o que um rico pode comprar uma pessoa de classe média ou baixa também pode mesmo que parcele em várias vezes.

Auto-Avaliação: A disciplina tem uma pretensão ela foi alcançada?

No começo não percebi se a disciplina tinha uma pretensão mais desde o começo sempre gostei desse método de roda de conversa, cada equipe ter um tema todas as aulas, pois dessa forma as aulas não ficavam monótonas, os textos eram mais fáceis de compreender e sempre trazia questionamentos e inquietações. Esse método proporcionou também aos mais tímidos que dissessem suas opiniões pois o circulo sempre nos colocou “em pé”de igualdade.

Para mim essa pretensão foi alcançada, pois aprendi que devemos pensar mais, fazer mais questionamentos e o exercício da fala pública vai me servir não só para o curso de psicologia como também para minha vida pessoal.

alinemaria


Documentários

Pessoal,

O Márcio falou na aula passada sobre obsolescência programada.
Tem um documentário legal sobre isso e mais legal ainda é o blog.
Tem muitos, muitos documentários legais.
http://www.docverdade.blogspot.com/

Como é blog fica meio difícil de navegar, mas tem uma lista de categorias à direita.
Segue uns links direto pra alguns:

http://www.docverdade.blogspot.com/2011/02/comprar-jogar-fora-comprar-comprar.html
http://docverdade.blogspot.com/2011/11/utopia-e-barbarie-2009.html
http://docverdade.blogspot.com/2010/05/china-blue-2005.html

Helder

terça-feira, 29 de novembro de 2011

representaçoes sociais

Fiquei devendo uma interpretação mais digna do Que nem a gente. Com voces, Celso Viáfora. Que esteve aqui semana passada....

http://www.youtube.com/watch?v=icqJfjodwQg

Psicologia Social II, saudades......

De inicio, percebi logo qual era a pretensão da disciplina. Acordar, estimular, excitar, provocar o aluno a enxergar o outro lado da vida. Sim, não podíamos mais continuar no marasmo da aceitação, sem nada questionar. Parabéns Márcio, voce conseguiu, como uma onda que atingiu a todos nós, estamos diferentes....inquietos e sedentos. Queremos mais, aprendemos a respeitar o outro, não somos mais como a professora Margarida, temos um espaço para ouvir e para falar.

No texto 12- Aprendemos o que são representações sociais, que as teorias vêm dos saberes populares e do senso comum, como elas são elaboradas partilhadas com o objetivo de interpretar o real. São ações, comportamentos diversificados que modificam a realidade. E como é importante perceber os niveis de discussão: Fenomenológico, Teórico e metateórico. O conhecimento nos faz refletir, nos obriga a pensar, nos coloca de frente com os conflitos, nos fragiliza e ao mesmo tempo nos fortalece.


No texto 13- Observa-se a ressurreição de Dionísio, o homem só quer se dar bem. Ao mesmo tempo, pisa, maltrata, machuca a todos e a tudo principalmente a si próprio, na corrida desenfreada pelo sucesso e bem-estar, a sociedade de hiperconsumo como bem diz o autor, caminha junto com a personalização e a emocionalização do conforto.

No texto15- Percebe-se, que a sensibilidade do ser humano sempre esteve em alta, as pessoas sentem necessidade de se mostrar de uma forma ou de outra, até mesmo nos séculos mais remotos desde a idade da pedra ou quem sabe antes, os escritos estavam lá, representando, sonhos, desejos, formas de comunicação. Diários íntimos, nos séculos XVIII e XIX a famosa "escrita de si" atualmente, as redes sociais, a internet expressa e expõe os mais profundos desejos, confissões e imagens aos olhos de milhões de pessoas que têm acesso.

No texto 16- Na sociedade do espetáculo, muito além do espetáculo, é um retrato fiel da sociedade atual. Tudo passa rápido muitas vezes não nos dá a chance de digerir o ocorrido, a tecnologia a mídia, nos deixa impotentes e com a sensação de "desnecessários" parece que estamos sobrando. Por outro lado, nos dá a sensação de interação, já que podemos acessar pessoas e lugares que estão do outro lado do mundo. De certa forma nos mantém aliados, incorporados em um objetivo a satisfação pessoal.

Quero agradecer a nossa turma, pela paciência de nos ouvir, de interagir, pelo respeito e pela capacidade de diálogo. Mas, um agradecimento comovido e especial ao professor Márcio, pela maneira como nos acolheu com carinho e atenção, ouvindo a todos sem restrições e com respeito, sentiremos saudades dos nossos picniques, do cheiro da terra, das flores, das formigas, dos pássaros da cigarra que grita chama nossa atenção, de ver a chuva e o vento forte, fez com que sentíssemos uma unifor mais humana. Observamos a natureza, nos misturamos a ela, aprendemos os nomes dos colegas.....Feliz Natal a todos!
Fátima Pereira

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Questõezinhas/Sobre a disciplina

(texto 16)
Disserte sobre a existência humana na “Sociedade do Espetáculo”.
Na “Sociedade do Espetáculo”, o homem busca, cada vez mais, ser visto e percebido pelos outros, como uma forma de afirmar sua existência. Em uma sociedade em que o pensamento não é tão valorizado, as introspecções tendem a existir cada vez menos... Então, se o homem não pensa sobre si, ele precisa aparecer para que “exista”. O homem procura mostrar-se, porém, muitas vezes, nem se conhece, de fato. Isso porque seus “gostos” estão sendo, o tempo todo, controlados por meios como a televisão. Procuramos manter uma boa imagem e expandir essa imagem, como uma tentativa de autoafirmação. Porém, essa imagem pode ser apenas um reflexo, que reafirma e mantém todo um sistema (e não, a nós).

(texto 15)
Comente: “Eu tenho o meu jornal na Rede e o torno público porque, precisamente, não tenho nada a dizer” (Steven Rubio – Blogueiro).
É interessante o fato de que as pessoas, muitas vezes, realmente não têm nada a dizer, mas... dizem mesmo assim. Precisam, de alguma forma, se expor. Com tanta necessidade de exposição, é como se o privado fosse menos importante que o público. Assim, o privado vai se tornando distante e pouco explorado. E as pessoas desconhecem-se cada vez mais, tendo, cada vez menos, algo a dizer. Mas é preciso atingir e satisfazer um público.

(texto 13)
Comente o pensamento de Brun a respeito do que ele denomina “dionisismo pós-moderno”. Segundo o autor, o homem procura o prazer de forma exagerada apenas como um disfarce, porque o que ele quer, na verdade, é libertar-se da subjetividade. A pílula da felicidade seria bem vinda, então, no caso, visto que é outro meio de libertar o homem do peso de sua condição.

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Sobre a disciplina: Há uns dias, brinquei dizendo que meu objetivo para essa disciplina era que ela salvasse meu semestre. Em partes, isso é verdade. Comecei esse semestre muito, muito desestimulada. Logo nas primeiras aulas de Social II, isso foi começando a mudar. Esse semestre foi o primeiro de todos que eu tinha dias sem AB. Segunda e quarta, a aula começava no CD. Então... terça e quinta, teria a aula de social. Eu acordava, já desacostumada a acordar cedo (já que no dia anterior eu acordava tarde) e, morrendo de sono, ia pra aula. Quando chegava lá, esquecia completamente do sono. E, logo no AB, eu já percebia que o dia tinha valido a pena. :D E era daí que vinha grande parte da força p/ o resto das disciplinas (apesar de elas também terem sido boas). A aula de Social II sempre me proporcionou um ambiente em que eu me sentia muito bem, e eu sempre saía de lá com algum questionamento. Muitos deles, sem respostas. Sim, queimei muitos neurônios. Como algumas pessoas já postaram, essa disciplina, de fato, fez com que pensássemos. No conteúdo (psicologia), na vida e, até mesmo, nos métodos de aula (uma meta-disciplina). Enfim, realmente me fez crescer. Agradeço a toda a turma e ao Márcio, professoa (professor+pessoa) que tanto admiro.
No começo não percebi se a disciplina tinha uma pretensão mais desde o começo sempre gostei desse método de roda de conversa, cada equipe ter um tema todas as aulas, pois dessa forma as aulas não ficavam monótonas, os textos eram mais fáceis de compreender e sempre trazia questionamentos e inquietações. Esse método proporcionou também aos mais tímidos que dissessem suas opiniões pois o circulo sempre nos colocou “em pé”de igualdade.
Para mim essa pretensão foi alcançada, pois aprendi que devemos pensar mais, fazer mais questionamentos e o exercício da fala pública vai me servir não só para o curso de psicologia como também para minha vida pessoal.

aline maria

No começo não percebi se a cadeira tinha uma pretensão mais desde o começo sempre gostei desse método de roda de conversa, cada equipe ter um tema todas as aulas, pois dessa forma as aulas não ficavam monótonas, os textos eram mais fáceis de compreender e sempre trazia questionamentos e inquietações. Esse método proporcionou também aos mais tímidos que dissessem suas opiniões pois o circulo sempre nos colocou “em pé”de igualdade.

Para mim essa pretensão foi alcançada, pois aprendi que devemos pensar mais, fazer mais questionamentos e o exercício da fala pública vai me servir não só para o curso de psicologia como também para minha vida pessoal.


aline maria